

Mais dois integrantes de uma quadrilha que dava aula para criminosos praticar golpes foram presos esta semana por policiais civis da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) do DEINTER 5 de São José do Rio Preto (SP). Eles foram presos através da Operação Shadow Hacker (Hacker das Sombras), com o cumprimento de mandados de prisão preventiva e de busca domiciliar nos estados do Rio de Janeiro (RJ) e de São Paulo (SP).
De acordo com a polícia, a ação é um desdobramento da investigação que apura a atuação da organização criminosa voltada à prática de crimes cibernéticos em larga escala. O primeiro alvo foi C.H.S.D., de 21 anos, conhecido no meio digital como “Malvadão”, apontado como o programador da quadrilha. Ele é identificado como o responsável pela criação e manutenção das ferramentas tecnológicas utilizadas para a prática de fraudes eletrônicas, clonagem de cartões de crédito, comercialização de dados sensíveis e ataques a sistemas de segurança digital.
O investigado foi preso no bairro de Guaratiba, zona oeste da capital fluminense. No momento da abordagem, ele tentou resistir a prisão e destruir um aparelho celular, jogando no chão, o que configura indícios de tentativa de eliminação de provas. Durante buscas no imóvel, foram apreendidos três aparelhos celulares e um notebook, que foram encaminhados à perícia.
Em seguida, outro suspeito foi preso na capital paulista, região de Pirituba. L.B.C.P., de 20 anos, conhecido como “Fusão” ou “fusao171”. Ele já havia sido detido em 2023 por invasões a sistemas governamentais e é considerado detentor de elevado conhecimento técnico em crimes cibernéticos, especialmente na subtração de dados sensíveis e informações bancárias. Atuava como um dos principais fornecedores de cartões para a organização criminosa.
Na residência de “Fusão”, foram apreendidos um computador e dois aparelhos celulares. A análise preliminar do equipamento revelou a presença de dados bancários, informações pessoais de terceiros, além de softwares maliciosos voltados à interceptação e coleta de informações digitais, como stealers e keyloggers.
A operação começou em dezembro de 2024, o líder da organização criminosa, identificado como “Banucha”, considerado o mentor intelectual do grupo, foi preso. Ele era responsável por ministrar treinamentos, prover suporte técnico e recrutar novos membros. Um site mantido por ele, que centralizava a disseminação de conteúdos ilícitos e tutoriais de invasão, foi retirado do ar durante a primeira fase da operação.
Com as prisões de “Malvadão” e “Fusão”, a DEIC atinge os setores técnico e logístico da organização criminosa, comprometendo significativamente a estrutura operacional do bando.
(Investigador analisando computador de hacker no Rio de Janeiro)
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