A Polícia Civil aguarda laudos periciais para poder concluir o caso de feminicídio, que chocou os moradores de Potirendaba (SP), no domingo, dia 16 de março, no bairro Vila Talarico. Joseane Barbosa Ferreira, de 36 anos, foi morta com quatro facadas pelo marido, Manoel da Silva Araújo, de 38 anos, na casa de um vizinho.

De acordo com as investigações, após cometer o crime, Manoel fugiu com o carro da vítima, possivelmente levando a faca usada no crime. No dia 19 de março, Manoel foi até a delegacia de Potirendaba prestar depoimento e acabou sendo preso, após ter tido o mandado de prisão preventiva expedido pela justiça da cidade.

Conforme a Gazeta mostrou, Manoel e Joseane faziam uso de bebida alcoólica na residência de um vizinho, acompanhados da filha do casal, de apenas 1 ano de idade e do filho dela, de 6 anos. Em determinado momento, Manoel deixou a residência e retornou minutos depois, onde flagrou ela junto com o vizinho, no quarto da frente do imóvel.
 
Em posse de uma faca,​ o suspeito golpeou a esposa quatro vezes no peito e uma no joelho esquerdo. A vítima morreu no local e o autor fugiu, em seguida, com o carro dela.

Em depoimento, o vizinho do casal confessou para a polícia que mantinha um relacionamento extraconjugal com Joseane. As duas crianças ficaram sob responsabilidade de uma prima da vítima.
 
O menino foi ouvido através de escuta especializada e o depoimento encaminhado para a delegacia de Potirendaba, onde segue em segredo de justiça.

No dia 20/03, policiais civis, com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM), conseguiram encontrar o carro da vítima abandonado em uma propriedade rural, em meio à uma área de vegetação, entre Potirendaba e Ibirá (SP). A Perícia Técnica foi acionada e colheu amostras de DNA do veículo, que foram encaminhadas para análise.

Com o trabalho, a polícia quer tentar encontrar vestígios de sangue ou provas que possam ligar o autor ao crime. Em depoimento ele confessou o crime para a polícia, porém, alegou que não sabe onde deixou a faca, que até o momento não foi localizada.

Além do laudo do carro, a polícia aguarda ainda o laudo necroscópico da vítima e também da casa onde o crime ocorreu. Com base nos relatórios, a polícia deverá concluir o inquérito e encaminhar o caso para o Ministério Público, que deverá oferecer denúncia contra o suspeito.
 
A pena para o crime de feminicídio é de 20 a 40 anos de prisão, de acordo com a lei sancionada pelo presidente Lula, em outubro de 2024.