
A perícia constatou que o rompimento das soldas de fixação acabou provocando o desabamento de uma passarela na avenida Sabino Cardoso Filho, em novembro do ano passado, em São José do Rio Preto (SP). Quatro trabalhadores ficaram feridos.
O laudo assinado pelo perito criminal, Gilson Amorim Zafalon, da Polícia Técnico-Científico, afirma que de três das quatro lajes da terceira rampa, acabaram desabando. Ele diz que o evento ocorreu mediante esforço de tração e devido ao rompimento das soldas de fixação nas chapas metálicas de instalação da estrutura de concreto no prolongamento do consolo no pilar central, cujas soldagens apresentavam fusão e penetração insuficientes para sustentar os esforços aplicados naquela região.
“Do desabamento teria resultado lesões em diversos operários, cuja região, imediatamente abaixo do rompimento do consolo, foram encontrados vestígios de substância com características hematoides de aspecto recente, um par de luvas, dois capacetes e retalhos de tecidos relacionados com uma das vítimas que teria ficado presa sob a estrutura desabada”, diz trecho do documento.
Segundo consta, o desabamento ocorreu às 14h11min52s do dia 06 de novembro de 2024. Conforme a Gazeta mostrou, quatro trabalhadores acabaram ficando feridos, sendo dois deles com ferimentos graves.
A passarela, que fica na Av. Sabino Cardoso Filho e a Avenida Nagib Gabriel, estava sendo construída pela empresa Constroeste, que havia sido contratada pela concessionária Rumo, que administra a linha férrea. A obra faz parte do projeto de investimentos da Rumo para manter os trens passando dentro de Rio Preto. Após o acidente a obra foi paralisada.
O caso ainda é investigado pela Polícia Civil, que ainda aguarda ouvir testemunhas e vítimas do acidente. A reportagem procurou a Rumo e a Constroeste e assim que se manifestarem a reportagem será atualizada.