Há pouco mais de três meses, a pequena Maysa, de 4 anos, começou a reclamar de dores abdominais. A primeira reação da mãe, Mariane dos Santos Nantes, foi levar a filha para o Pronto Socorro de Palmital (SP), cidade onde mora. Após realizar o hemograma, a criança foi encaminhada para Marília, onde Mariane recebeu o triste diagnóstico: câncer infantil. Assim como Maysa, cerca de 12 mil novos casos de câncer infantil são registrados por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Ainda abalada com a notícia, Mariane e a filha foram encaminhadas para o Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto - localizado a 285 quilômetros de distância de sua cidade. O que Mariane não sabia é que o Setor de Oncologia Pediátrica do HCM é referência nacional, tendo inclusive a melhor avaliação entre os hospitais brasileiros parceiros do Instituto Ronald McDonald’s.

De acordo com a oncologista e hematologista pediátrica, Dra. Juliana Cristina Lourenço de Souza, coordenadora do Setor de Oncologia Pediátrica do HCM, a instituição recebe cerca de 50 novos casos por ano. Atualmente, o setor tem 60 pacientes em tratamento, 130 pacientes em acompanhamento e nove crianças internadas por câncer infantil, entre elas a pequena Maysa. A menina tem neuroblastoma, um tipo de câncer que acomete principalmente as crianças menores de 5 anos, incluindo os recém-nascidos. A doença surge em geral nas glândulas adrenais, localizadas na parte superior do rim e leva normalmente ao aumento do tamanho do abdome.

“O neuroblastoma é um dos muitos tipos de câncer. Os mais comuns em crianças são as leucemias, que podem ser Linfoblástica Aguda (LLA) ou Mielóide Aguda (LMA), além de tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) e os linfomas, que podem ser Hodgkin e Não Hodgkin”, explica a Dra. Juliana Lourenço. “O Setor de Oncologia Pediátrica do HCM possui as tecnologias mais inovadoras e realiza o tratamento de todos os tipos de cânceres infantis, sejam eles de caráter hematológico (leucemias) ou de tumores sólidos. Além disso, o setor conta com psicólogos, terapeutas ocupacionais, dentistas, nutricionistas, enfermeiros, médicos clínicos e cirurgiões especializados”, afirma. 

A especialista explica que o tratamento varia de acordo com o tipo de câncer. Atualmente, o hospital possui dois equipamentos de última geração e alta tecnologia: um equipamento de Braquiterapia e um Acelerador Linear Trilogy STX, que pode tratar a maior parte dos tumores com indicações de radioterapia, podendo realizar a radioterapia 3D, de intensidade modulada do feixe, guiada por imagem e radiocirurgia.

O tratamento também pode indicar a necessidade de cirurgia, Transplante de Medula Óssea (TMO) ou quimioterapia, como é o caso de Maysa, que recebe a medicação em internação, por um período médio de cinco dias e intervalo de três semanas. Somente em 2024, o HCM realizou 4.190 sessões de quimioterapia ao longo dos 12 meses, em sistema de internação e ambulatorial, em aproximadamente 200 pacientes que fazem acompanhamento.

Ambiente acolhedor
​
Sem saber da gravidade da sua doença, a pequena Maysa enxerga no HCM um lugar de brincar. Mariane se emociona ao contar que, mesmo internada para receber a medicação, a menina pede a todo instante para ir até a brinquedoteca.

O ambiente repleto de cores e brinquedos faz parte do projeto “Espaços lúdicos, o brincar como efeito terapêutico”, que foi construído com recursos da campanha McDia Feliz. Desde 1999, a Funfarme é beneficiária do McDia Feliz. Desde então, a renda arrecadada com a venda dos Big Mac’s já se converteu em diversos projetos para o Setor de Oncologia Pediátrica do HCM. Até 2023, o Instituto Ronald Mc Donald’s (IRM) doou R$ 856.194,19 para realização destes projetos na Funfarme, entre eles a sala de infusão de quimioterapia e o aperfeiçoamento da brinquedoteca. No ano passado, o setor ganhou uma Quimioteca, onde as crianças em terapia permanecem em um ambiente lúdico e acolhedor junto com suas famílias e com acompanhamento da equipe multiprofissional.
 
Daniela Barbosa Dias, psicóloga responsável pela Oncologia Pediátrica do HCM, explica que esses espaços lúdicos proporcionam uma experiência mais humanizada tanto para as crianças quanto para os seus acompanhantes. “É por meio desses recursos que nós conseguimos facilitar a adaptação do paciente ao ambiente hospitalar, proporcionar distração cognitiva, favorecer a interação entre as crianças e permitir a valorização da infância. E isso acaba fazendo com que o ambiente hospitalar seja desmistificado, sendo muitas vezes interpretado como um espaço divertido, acolhedor. A criança começa a ter uma outra visão sobre esse lugar e passa a ter sentimentos positivos quando está aqui, não necessariamente medo ou preocupação em relação aos procedimentos que ela vai ser submetida”, explica.

Referência Nacional

Durante a inauguração do projeto “Espaços lúdicos, o brincar como efeito terapêutico”, a superintendente do IRM, Paula de Carvalho Neves, concedeu à instituição o maior nível de avaliação dos hospitais que são seus parceiros. “Dos hospitais da nossa rede, o setor de oncologia do HCM ficou com a maior nota do nosso ranking. A classificação usa três níveis de avaliação e o hospital está no maior nível, junto a outras instituições muito importantes do país”, disse na ocasião.

A avaliação levou em conta aspectos como qualidade no tratamento oncológico, execução dos projetos e transparência durante os 13 projetos desenvolvidos na parceria do McDia Feliz com o HCM. “Para a gente é muita felicidade entender que os recursos utilizados no HCM são bem aferidos nas prestações de contas, nos relatórios, nos prazos que a instituição cumpre e que, além disso, oferece bons serviços, bom tratamento mediante a classificação da nossa comissão científica e oferece uma boa cobertura aos pacientes”, afirmou Paula de Carvalho Neves.

O empresário Rubens Fragoso, franqueado do sistema McDonald’s na região de Rio Preto, é um dos parceiros do setor de captação de Recursos da Funfarme que mais apoia a Oncologia Pediátrica do HCM. “Conheci este setor há muitos anos, quando ainda estava começando. É muito gratificante ver o quanto cresceu e o quanto a parceria com o McDonald’s, com a campanha McDia Feliz, é importante para as famílias que estão na luta contra o câncer infantil”, diz.

Alianças Estratégicas - saiba como ser parceiro da Funfarme/Hospital de Base

Para ajudar no custeio e manutenção dessa medicina de alta performance, driblar a crise econômica do país e a redução de recursos e investimentos no SUS, o Hospital de Base (HB) conta com o departamento de Captação de Recursos da Fundação Faculdade Regional de Medicina de Rio Preto (Funfarme), o Alianças Estratégicas.

O setor é responsável por firmar parcerias com empresas, instituições privadas, pessoas físicas, parlamentares e políticos das esferas municipal, estadual e federal para obter suporte financeiro para investir em atendimento médico a quem precisa, transformando cada centavo em saúde para os pacientes.

A área das Alianças Estratégicas está à disposição para esclarecer dúvidas e orientar sobre as diversas formas de ser parceiro da Funfarme e contribuir para o complexo hospitalar oferecer atendimento e serviços cada vez melhores.

Os profissionais da Alianças Estratégicas estão à disposição pelo celular/whatsapp 17 98123.1781 e pelo e-mail relacoes.institucionais@funfarme.com.br.