A 3ª Delegacia de Homicídios da Deic de São José do Rio Preto (SP) esclareceu o homicídio que vitimou Júnia Calixto, de 26 anos. O crime ocorreu no dia 20 de agosto de 2024, no bairro João Paulo II. Júnia estava com o filho de quatro anos de idade no colo, quando dois homens se aproximaram em uma moto, um deles desceu e começou a persegui-la, obrigando-a deixar o menino no chão.
O suspeito disparou o revólver contra Júnia, atingindo-a com mais sete tiros. Para tanto, chegou a descarregar e recarregar a arma. O crime foi cometido com chocante frieza e crueldade, já que os filhos da vítima, de 2 e 4 anos, presenciaram a morte da própria mãe.
Os investigadores esclareceram, ainda, que os autores aliciaram um adolescente de 14 anos para assumir o homicídio e assim permanecerem impunes. Em troca, os autores dariam ao adolescente uma arma de fogo, uma motocicleta e quantia em dinheiro. Para isso, fizeram com que o menor portasse o mesmo revólver utilizado para disparar contra Júnia, denunciando sua localização à Polícia Militar, para que fosse apreendido na posse da arma.
Devidamente esclarecido o crime com a identificação dos três coautores, foram representadas suas respectivas prisões preventivas. Dois deles já estavam presos no CDP de São José do Rio Preto, por outros crimes, inclusive outros homicídios. Um deles ainda se encontra foragido. Ouvidos, os autores, optaram por permanecer em silêncio.
O Delegado de Polícia presidente da investigação indiciou K.S.A.M., R.A.B.S. e J.G.L.J. pelos crimes de Homicídio, triplamente qualificado (pelo motivo fútil, pela emboscada e por ter sido praticado para assegurar a impunidade de outro crime), Corrupção de menores, fraude processual e Associação criminosa. Todos ostentam antecedentes criminais e são conhecidos por sua participação ativa na chamada "guerra de bairros" da cidade.