Moradores de Irapuã (SP), procuraram a Gazeta do Interior para reclamar da falta de acessibilidade que o cemitério da cidade enfrenta. Túmulos estão praticamente sendo engolidos pela terra, por falta de infraestrutura.



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A dona de casa, Maria de Lourdes Pereira, disse que precisa tomar bastante cuidado todas as vezes que visita o túmulo de seu marido, no local.
“Eu já tenho 72 anos e andar por um lugar sem asfalto ou calçada é bastante complicado, pois podemos tropeçar com facilidade. Toda vez que vou no cemitério, tenho medo de cair, pois são vários buracos”, afirma.

Boa tarde do cemitério não possui nenhum tipo de estrutura, como ruas, guias ou sarjetas entre os túmulos, o que obriga os visitantes a andar no meio da terra. Com as chuvas dos últimos dias, a situação do local ficou ainda pior.

O barro e a lama, arrastados pela enxurrada, foram parar em cima de algumas sepulturas, que estão quase todas encobertas pela terra. Fica até difícil saber quem está enterrado no local.

Vídeos enviados pelos moradores mostram exatamente como está a situação. Apenas uma parte do local possui calçada e os visitantes são obrigados a andar na terra ou, quando não, no barro.

Um morador que prefere não ser identificado, diz que o problema no cemitério é antigo. Ele relata que, pior do que não ter a estrutura necessária, é ter que pagar inúmeras taxas, sem nenhum tipo de serviço a oferecer.

“De início a Prefeitura já cobra o valor da aquisição do túmulo, depois uma taxa de gaveta e se você for fazer qualquer tipo de melhoria é cobrada outra taxa de embelezamento. Tive problemas com o túmulo do meu familiar por conta das chuvas e nós mesmos que precisamos consertar, pois a Prefeitura não oferece absolutamente nada, muito menos o que é de obrigação dela, que é dar acessibilidade aos túmulos”, afirma.

A reportagem vem tentando contato com a Prefeitura de Irapuã desde a última segunda-feira, (06/01/2025), todos os dias, mas ninguém atende as ligações para comentar o assunto. A Gazeta vai continuar tentando buscar respostas para solucionar o problema.

Após a reportagem ir ao ar, a Prefeita da cidade, Reni Silva, procurou a Gazeta e disse por meio de mensagem que reformou parte do cemitério com recursos ganhados e ficou outra parte.

"A acessibilidade também será feita, pois já vimos a necessidade, onde será feito também o calçamento nessa outra parte. Com as fortes chuvas, infelizmente várias partes foram danificadas e tudo está sendo consertado", explicou.