Uma mulher, de 34 anos, simulou o próprio sequestro para conseguir dinheiro da família na madrugada desta terça-feira, (19/11/2024), em São José do Rio Preto (SP).
Segundo o boletim de ocorrência, a própria autora contou para a polícia que trabalha como motorista de aplicativo fazendo entrega de mercadorias e ontem, como de costume, saiu de casa na cidade de Ipiguá, para trabalhar em Rio Preto. Quando chegou ao local de trabalho para retirar os pedidos, ela diz que não consegui fazer a retirada, pois eles haviam sido cancelados por falta de nota fiscal, momento em que decidiu ir até o trabalho de um agiota para pegar dinheiro emprestado para investir em Bitcoin.
A autora afirma que pegou R$ 5.000,00 para ser devolvido no mesmo dia com juros, porém, o investimento não deu certo e ela afirma que perdeu todo valor investido, tendo que dar o carro como garantia, até conseguir pagar o valor de R$ 5.850,00. Em seguida ela diz que mandou mensagem para uma tia, onde pedi R$ 10.000,00 para pegar o carro de volta, porém, ela não tinha o valor para emprestar.
Em seguida a mulher afirma que saiu desnorteada pela rua e, ao passar em frente ao serv festas, perguntou para os rapazes que estavam no local se eles conheciam alguém que topasse fazer qualquer coisa por dinheiro, pois precisaria de alguém para fazer uma simulação de sequestro. Um homem, de 51 anos, se ofereceu para ajudar e eles então foram até uma estrada de terra, que tinha próximo ao local, onde iniciaram a simulação do sequestro.
Após gravar a simulação, a suspeita diz que enviou o vídeo para seu marido, de 29 anos, através do WhatsApp. No vídeo ela diz que aparecia amarrada em uma árvore, sendo ameaçada com uma arma de brinquedo, tipo pistola, para que ele enviasse o valor de R$ 10.000,00 para libertar a esposa.
Depois de enviar o vídeo, a mulher foi até a casa do comparsa para aguardar o valor cair na conta, o que não aconteceu. Depois de 20 minutos, a Polícia Militar chegou na residência realizando várias perguntas e, ao entrarem no local, encontraram o simulacro da arma usada na simulação do sequestro, momento em que ela recebeu voz de prisão.
O caso foi apresentado na Central de Flagrantes, onde os dois autores foram ouvidos e liberados. Eles responderão por crimes contra a economia popular e estelionato.