A Polícia Civil realizou na manhã desta quinta-feira (07/11/2024), a reconstituição do caso de um homem encontrado morto em uma fazenda de Potirendaba (SP), em março de 2022. A namorada de Leo Roberto de Oliveira, de 49 anos, da época, também participou.
Policiais de Potirendaba, Ibirá e também a Polícia Científica começaram os trabalhos no Parque Termas de Ibirá, onde, segundo a mulher, tudo teria começado. Em seguida as equipes seguiram para a propriedade rural, onde a caminhonete da vítima teria sido localizada.
Segundo a versão no inquérito policial, a namorada de Leo Roberto, na época com 44 anos, relatou que, no sábado, 05 de março de 2022 ele fez uso de cocaína e ficou dizendo que alguém estava o ameaçando. Após ziguezaguear por uma plantação de cana-de-açúcar e arrebentar algumas cercas da propriedade, o veículo parou em uma área de pastagem.
Leo então teria pego a namorada pelo braço e a levado em um barranco próximo de um rio, onde, no local, disse que iria se matar e a levaria junto. No BO ela afirma ainda que tentou segurá-lo, porém, o mesmo pulou e acabou batendo a cabeça em um pedaço de pau, onde ficou desacordado.
No momento em que tentou segurar a vítima, a namorada conta que ficou com o tênis dele nas mãos, onde, em seguida, teria descido o barranco até onde ele estava, e, como ele aparentava estar morto, saiu correndo para pedir ajuda até a Vicinal Abel Pinho Maia, que liga Potirendaba a Ibirá. Ela foi socorrida com ferimentos pelo corpo.
Policiais militares, civis, guardas municipais e também o Corpo de Bombeiros realizaram diversas buscas pela propriedade onde, segundo a versão da mulher, o homem teria desaparecido. 11 dias depois, o corpo dele foi encontrado em estado avançado de decomposição, em uma fazenda, há alguns metros de onde a caminhonete havia sido encontrada.
Junto com o corpo estava o celular, o tênis da vítima e o chinelo da namorada. A perícia técnica foi acionada e o celular dela chegou a ser aprendido para ajudar na investigação do caso, que continua em andamento até hoje.
Com a reconstituição pedida pelo Ministério Público, segundo o delegado que cuida do caso, João Otávio Spaca de Souza, a polícia espera concluir o inquérito.
“O caso está sendo investigado como morte suspeita e realizamos a reconstituição justamente para poder ligar alguns pontos e concluir o inquérito”, disse.
O advogado de defesa da namorada de Leo disse que colabora com o trabalho da polícia e acredita na versão apresenta por sua cliente à polícia.
“Estamos questionando a falta de alguns laudos no inquérito, como por exemplo do veículo e também toxicológico da vítima”, afirmou Nugri Campos.