Catiguá

Catiguá: Testemunha afirma que Suelem foi morta com golpes de machado e implorou para não ser assassinada

autor: Por Gazeta do Interior - Catiguá

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Um caso cruel, que abalou a pequena cidade de Catiguá (SP), ganha um novo capítulo ainda mais assustador. Uma testemunha contou para a polícia que Suelem Cristina Viveiros, de 33 anos, foi morta com golpes de machado e teria implorado para não ser assassinada.

A Gazeta do Interior teve acesso com exclusividade ao mandado de prisão temporária expedido pela justiça de Tabapuã, do dentista, F.D.A.V, de 41 anos, que foi preso nesta última quinta-feira, (08/08/2024), no bairro Boa Vista, em São José do Rio Preto (SP). Ele e o ex-marido da vítima, R.A.A.J., de 27 anos, seriam os principais investigados do crime.

De acordo com o documento, durante o desaparecimento de Suelem, ocorrido no dia 09 de junho de 2024, a polícia pediu a prisão dos dois suspeitos. No dia 28 de julho, o corpo dela foi encontrado enterrado nos fundos de um barracão abandonado, no centro de Catiguá.

Neste período, uma testemunha protegida contou para a polícia que, no dia do crime, estava em casa, quando apareceu o dentista e, minutos depois o ex-marido de Suelem, no qual disse que depois ligaria para F. a fim de trocar umas ideias. Em seguida, R. ligou para F. e escutou ele dizendo: "F. você consegue ligar para Suelem e combinar para vocês se encontrarem no barracão para fazerem um programa e, desta forma, atrair ela para lá para que R. pudesse trocar umas ideias com ela sobre os dois" (SIC).

Assim, após uma hora, R. teria retornado ao local e escondido seus pertences, onde o dentista ligou para Suelem convidando ela para ir até o barracão. Na ocasião, a testemunha teria ouvido a vítima gritando: "Não, pelo amor de Deus, não faz isso" (SIC) e, em seguida, várias pancadas.

Instantes depois a testemunha relata que foi até os fundos do barracão e observou que F. estava ainda no quintal, onde viu R. em pé e, ao lado dele, o corpo de Suelem, que estava caído no chão com um ferimento na cabeça, do qual saía muito sangue. Ao lado do corpo havia também um machado de cor preta, com o qual R. golpeou sua ex-mulher.

A testemunha relata para a polícia que, acredita ainda, que R. golpeou Suelem em um local e arrastou o corpo dela até os fundos do barracão, pois viu que, no trajeto, havia marcas na vegetação denotando que algo havia sido arrastado. Depois disso, o dentista pediu uma bucha de limpeza e, com água, retirou algumas machas de sangue da parede, possivelmente do corpo da vítima.

Depois disso, a testemunha disse que ouvia que os dois autores cavavam uma cova para esconder o corpo de Suelem entre dois pés de jabuticabeira. Durante todo o tempo em que eles cavavam o buraco, a testemunha afirma que ficou na frente do barracão observando a chegada de pessoas e impedindo o acesso delas até os fundos do local.

Os dois indivíduos então tiveram a prisão temporária decretada e permanecem preso até a conclusão final do inquérito. Agora, com base nos depoimentos, a polícia quer descobrir a motivação do crime.