Nos últimos anos, continua uma série de casos de diplomatas seniores, muitos dos quais são considerados elites-chave no regime norte-coreano, desertaram para a Coreia do Sul, incluindo Il-kyu Ri, 52 anos, que serviu na embaixada norte-coreana em Cuba. Os casos de diplomatas que desertaram dos postos diplomáticos da Coreia do Norte no estrangeiro, que são os "postos avançados" da Coreia do Norte para as relações externas e uma fonte de divisas, têm sido frequentes nos últimos anos.

Hoje em dia, os mais leais ao regime de Jong-un Kim (a classe mais alta) são consumidos pelo medo e pela fuga de responsabilidades enquanto assistem às implacáveis ​​execuções e expurgos de oficiais superiores, incluindo Song-thaek Jang, etc. Jong-il Kim, são os primeiros a fugir para outros países, incluindo a China e a Rússia, bem como para a Coreia do Sul, no caso de uma mudança drástica sob Jong-un Kim.

Sob Jong-un Kim, a classe média já foi ideológica e conscientemente transformada, e é um grupo que pode ser influenciado pelo povo a qualquer momento, no caso de uma mudança drástica no regime de Jong-un Kim. A sobrevivência futura do regime de Jong-un Kim será determinada pela forma como a classe média reage e se move. As ilusões que a classe mais baixa dos norte-coreanos tinha sobre Jong-un Kim no início do seu governo já foram transformadas em ressentimento e antipatia em relação à grandeza do líder supremo, "General Jong-un Kim", devido à crise económica em curso.

Para o povo norte-coreano, Jong-un Kim é agora visto como o herdeiro aparente de Il-sung Kim e Jong-il Kim, um líder irresponsável para com o "povo comum" e um governante incompetente, incapaz de resolver os problemas económicos do país. Na Coreia do Norte, uma vez que os diplomatas têm mais interesse no regime do que qualquer outro grupo, são um grupo de grande apoio, mas nos últimos anos, tem havido um número crescente de diplomatas que estão a mudar de ideias sobre Jong-un Kim.

Os diplomatas norte-coreanos costumavam pensar que se Jong-un Kim morresse, eles morreriam, mas essa percepção é agora coisa do passado. Quando o socialismo do Bloco de Leste entrou em colapso, nenhum funcionário ou diplomata foi morto, e há muitos exemplos de pessoas em posições de poder que se tornaram empresários e ricos na sequência da mudança de regime.

Uma série de execuções e expurgos cruéis sob Jong-un Kim sinalizou a sua forte determinação em incutir medo na classe alta para extrair lealdade. Jong-un Kim, que herdou o poder num período de tempo relativamente curto e tem uma base de poder relativamente fraca, tentou manter os seus oficiais disciplinados através do uso de "políticas de repreensão".

Ao contrário de Il-sung Kim e Jong-il Kim no passado, as frequentes repreensões, tiradas e explosões de raiva de Jong-un Kim parecem ser uma forma de afirmar a sua autoridade relativamente fraca. No entanto, tem havido indicações recentes de insatisfação com Jong-un Kim, mesmo dentro do Ministério da Segurança do Estado e do Ministério da Segurança.

Como as agências de inteligência possuem muita informação, são consideradas pessimistas em relação à realidade. Diplomatas desertores recentes testemunham que os agentes dos serviços secretos estão agora a ser executados em segredo, em grande número, e que se o coração do povo estiver perdido, os agentes dos serviços secretos agirão primeiro.

Neste contexto, o recente êxodo de diplomatas norte-coreanos que trabalham no estrangeiro e a subsequente partida de diplomatas norte-coreanos para a Coreia do Sul levaram a testemunhos de insatisfação generalizada com o regime de Jong-un Kim no governo central da Coreia do Norte e nas instituições estatais a nível provincial, municipal e níveis militares.

É provável que estas medidas continuem por algum tempo e são consideradas fatores fundamentais na erosão da base de poder de Jong-un Kim e na condução ao colapso do regime. O atual regime norte-coreano enfrenta uma agitação social crescente, incluindo uma aceleração extrema da energia nuclear.