Cidades

Motoristas reclamam de más condições da BR-153 entre S. J. do Rio Preto e Icém (SP)

autor: Por Luiz Aranha, Gazeta do Interior

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Quem trafega todos os dias ou já passou alguma vez pela BR-153 no trecho entre São José do Rio Preto (SP) e Icém (SP) sabe bem dos desafios que enfrentam com as condições precárias da rodovia. Motoristas reclamam constantemente dos buracos na pista e a falta de conservação do trecho.

O trajeto possui cerca de 60 quilômetros, passando por cidades como Onda Verde, Nova Granada, além de ligar à rodovias que dão acesso à outros municípios, como Palestina, Paulo de Faria, etc. A rodovia é de pista simples e, com isso, o risco de acidentes também aumenta.

Quase toda semana uma pessoa perde a vida ou se envolve em algum acidente grave neste trecho, conforme a Gazeta do Interior sempre mostra. Além da sinalização precária de solo, os motoristas precisam conviver com as péssimas condições da malha asfáltica, com vários buracos, ondulações, além da última camada de asfalto já ter se desfeito por falta de conservação.

Mas trafegar por esse pesadelo tem um custo e não é barato. Atualmente, o motorista precisa desembolsar R$ 9,40 por eixo na ida e R$ 9,40 por eixo na volta. Em uma conta rápida, um caminhão bitrem, por exemplo, que possui nove eixos, desembolsa R$ 169,20 no trajeto ida e volta.

Antes mesmo do início das obras de duplicação da BR-153, no trecho entre Bady Bassitt e José Bonifácio, a Concessionária que administra a rodovia, Triunfo Transbrasiliana, já havia iniciado os reajustes dos pedágios com a justificativa de que o valor seria para a execução do serviço. Cerca de quatro anos depois a obra ainda não foi concluída.

Em novembro de 2022, o valor dos pedágios da rodovia era R$ 7,70 e passou para R$ 8,00. Em julho de 2023 o custo do pedágio era de R$ 8 e passou para R$ 8,90. Em outubro do mesmo ano outro reajuste, onde passou de R$ 8,90 para R$ 9,40.

O estudante de odontologia, Leandro Siqueira, sabe bem o que é conviver com esse problema. Ele mora em Icém e estuda em Rio Preto, onde utiliza a rodovia todos os dias.

“Eu vou de carro todos os dias e pago quase R$ 400 por mês para andar em uma rodovia horrível. Já abrimos várias reclamações até junto ao DNIT, mas até hoje nem resposta tivemos. Infelizmente vivemos uma impunidade, onde temos que pagar por um serviço que não temos”, reclama.

Por meio de nota, a Triunfo disse que atua rotineiramente em toda a extensão de sua malha viária com serviços de conservação e manutenção do pavimento e de sinalização horizontal e vertical, em segmentos programados e de acordo com a necessidade e urgência, realizando reparos superficiais e profundos, abrangendo, inclusive, mas não se limitando, em realizar operações denominadas como "tapa-buraco", que visam corrigir eventuais patologias no pavimento. “Contudo, circunstâncias como a sobrecarga de peso no pavimento e altos índices pluviométricos podem acarretar no desgaste recorrente da pista e, consequentemente, tornar frequente a necessidade de reparos pontuais”, diz trecho do documento.

Procurado pela reportagem, assim como no caso do Leandro, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), também não respondeu nossos questionamentos.