A maior cidade do noroeste paulista, a querida São José do Rio Preto (SP), sedia a maior competição poliesportiva da América Latina. A 85ª edição dos Jogos Abertos do Interior, que acontece de 2 a 14 de outubro, reúne cerca de 8 mil atletas, além de revelar inúmeros talentos no esporte.
Ao todo, 188 cidades paulistas participam das disputas, em 28 modalidades. Entre elas atletismo, badminton, basquetebol, basquetebol 3×3, biribol, bocha, boxe, capoeira, ciclismo, damas, futebol, futsal, ginástica artística, ginástica rítmica, handebol, judô, karatê, kickboxing, malha, natação, supino, taekwondo, tênis, tênis de mesa, voleibol, vôlei de praia, wrestling e xadrez.
A competição é uma realização do Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Esportes e Lazer, em parceria com a Prefeitura de Rio Preto, por meio da Secretaria de Esportes e Lazer.
Uma seleção olímpica foi escalada para a abertura oficial dos Jogos, que acontece nesta quinta-feira, (05/10/2023), a partir das 18h30, no Centro Regional de Eventos. As medalhistas olímpicas pelo vôlei brasileiro, Carol Gattaz e Virna; Maurren Maggi, ouro no atletismo; Claudiney Batista, bicampeão dos Jogos Paralímpicos no lançamento de disco; e o bicampeão mundial no salto em distância, o rio-pretense Duda, estão entre as atrações para a solenidade, que contará ainda com diversas surpresas.
“Referências no esporte, cada um em sua modalidade, esses atletas são inspiração para todos nós. Que essa competição seja marcada pelo espírito esportivo, pelo companheirismo e pelo desejo de superação. Acreditamos que este evento será um grande sucesso e um marco em nossa cidade, fortalecendo o esporte local e promovendo a integração da comunidade por meio do esporte”, disse o prefeito Edinho Araújo.
A solenidade terá: o desfile das delegações; intervenção do cantor, compositor e diretor musical André Leite; juramento do atleta; fala das autoridades e diversas apresentações ao longo da noite. Homenagens e vídeos foram preparados para prestigiar atletas que ainda estão competindo e outros que já se aposentaram, mas fizeram história no esporte de Rio Preto.
“É uma honra e uma emoção indescritível receber os Jogos Abertos em nossa cidade após 22 anos. Estamos muito gratos por sediar este evento esportivo tão importante, que reúne atletas de todo o estado, uma parceria entre governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura de Rio Preto, por meio da Secretaria de Esportes e Lazer”, destacou o secretário de Esportes de Rio Preto, Fábio Marcondes.
A competição contará com a participação de cerca de 8 mil atletas de 188 cidades, em 28 modalidades. Todos os classificados para os Jogos Abertos do Interior são oriundos dos Jogos Regionais, competição promovida pela Secretaria de Estado de Esportes nas oito regiões esportivas do estado de São Paulo.
Carol Gattaz
Carol Gattaz jogou futsal e basquete antes de se dedicar ao vôlei. Aos 17 anos, mudou-se para São Caetano do Sul (SP) e passou a integrar o time da cidade. Foi convocada pela primeira vez para a seleção principal em 2003 e se firmou como uma das principais centrais do país. A experiência olímpica, no entanto, demorou a chegar. Ela foi cortada de Pequim 2008 e ficou fora da lista para Londres 2012 e Rio 2016. A atleta pensou em encerrar seu ciclo na seleção, mas superou a frustração e chegou as Jogos Olímpicos Tóquio 2020, sua primeira missão com o Time Brasil, medalha de prata. Aos 40 anos, tornou-se a mulher mais velha a conquistar uma medalha para o país.
Virna Cristine Dantas Dias
Virna virou titular da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos Atlanta 1996 por uma infelicidade da companheira Hilma, que sofreu uma lesão logo na partida de estreia. A partir dali, a ponteira se tornou peça indispensável na equipe, disputando ainda outros dois Jogos Olímpicos, Sydney 2000 e Atenas 2004. Depois de sua terceira experiência olímpica, Virna encerrou sua carreira pela seleção e, mais tarde, se arriscou no vôlei de praia, jogando ao lado de Sandra Pires.
Maurren Maggi
Primeira mulher brasileira a ter conquistado uma medalha de ouro olímpica em provas individuais, Maurren Maggi saltou 7,04m em Pequim 2008. A atleta tem ainda quatro medalhas pan-americanas no currículo, sendo três ouros no salto em distância (Winnipeg 1999, Rio 2007 e Guadalajara 2011) e uma prata nos 100m com barreiras (Winnipeg 1999). No início da carreira adulta, arriscava-se ainda no salto triplo. Nascida em São Carlos, mudou-se para São Paulo aos 17 anos a convite do técnico Nelio Moura, que a acompanharia em suas principais conquistas. Entrou para o rol das melhores da modalidade logo em 1999, ao saltar 7,26m no Campeonato Sul-americano de Atletismo em Bogotá, Colômbia, a melhor marca do mundo naquele ano.
Claudiney Batista
Claudiney Batista dos Santos (Bocaiuva, 13 de novembro de 1978) é um atleta paralímpico brasileiro e recordista mundial da classe F56. Em 2005 sofreu um acidente de moto, e devido aos ferimentos teve que amputar sua perna. Ele conquistou a medalha de ouro, após quebra de recorde, nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro, representando seu país na categoria lançamento de dardo.
Medalhas Paralímpicas
Ouro – Rio 2016 (Disco F56)
Prata – Londres 2012 (dardo F56)
Medalhas Mundiais
Ouro – Dubai 2019 (dardo F56)
Prata – Doha 2015 (disco F56)
Prata – Lyon 2013 (dardo F56)
Medalhas Parapan
Ouro – Guadalajara 2011 (dardo F56)
Ouro – Lima 2019 (disco F56)
Prata – Lima 2019 (peso F56)
Duda
Mauro Vinícius Hilário Lourenço da Silva, ou, simplesmente, Duda. O jovem paulista de Presidente Prudente, de trato fácil, alegre, tornou-se o primeiro brasileiro bicampeão mundial de Atletismo. Ele conquistou a medalha de ouro no salto em distância no Mundial Indoor de Sopot, na Polônia, com um salto de 8,28 m. Por coincidência, 8,23 m foi a marca feita por Duda na obtenção do título na edição anterior do Mundial Indoor, disputado em 2012 em Istambul, na Turquia.
(Fonte Prefeitura de Rio Preto)