Cidades

Padre e Diocese são condenados a pagar R$ 455 mil para criança abusada durante confissão

autor: Por Gazeta do Interior

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Um ex-padre da cidade de Sales e também a Diocese de Catanduva (SP), foram condenados a pagar R$ 455 mil – em valores corrigidos, para uma criança abusada sexualmente durante uma confissão no ano de 2013, quando ela tinha 11 anos.

Segundo apuração da Gazeta, Osvaldo Donizete da Silva, conhecido como padre Barrinha, teria abusado sexualmente da criança durante a confissão para primeira comunhão da vítima. Ela também, na época, era coroinha da igreja.

“Osvaldo valeu-se da condição de sacerdote que lhe fora imbuída pelo Bispado corréu para a prática do abuso sexual, aproveitando-se do isolamento da requerente durante o sacramento da confissão ocasião em que, nos dizeres do voto vencedor do acórdão que o condenou, “tateou as nádegas da infante sobre as vestes, beijou-a de forma lasciva e, ainda, esfregou-se na mão da ofendida sem tirar a roupa”, disse o juiz em sua sentença.

Tanto o padre, quando o Bispado de Catanduva, pediram a improcedência do pedido formulado na petição inicial, com pedido subsidiário pela fixação razoável e proporcional do valor de eventual condenação.

Osvaldo Donizeti e o Bispado de Catanduva foram condenados solidariamente a pagar a quantia de R$ 210 mil – corrigidos nos valores atuais R$ 455 mil -  para a vítima. Igualmente, a Diocese foi condenada ainda a pagar mais R$ 45,5 mil aos advogados da parte autora no processo contra o Padre.

Em nota, a Diocese disse que a decisão poderá ser objeto de recurso e que não pode, até a conclusão do processo, comentar o caso, sobretudo pelo segredo de justiça decretado pelo Poder Judiciário.

“A Diocese de Catanduva não pode responder por atos individuais e particulares dos membros do clero, quando desvinculados aos objetos específicos da evangelização, e que, sempre irá colaborar e prezar pela boa aplicação da Justiça e das leis, para que, o bem e a ordem social sejam mantidas”, diz trecho da nota.

Por fim, a Diocese afirma que permanecerá acompanhando o caso atentamente e o desfecho da Justiça, para, então, com serenidade, tomar as medidas cabíveis.

A Gazeta tentou contato com a defesa do padre, porém, ninguém atendeu nossas ligações para falar sobre o assunto.